segunda-feira, 30 de março de 2015

PM? Não, obrigado! Fora repressão!

Publicamos abaixo texto produzido e lançado pela Chapa 3 "UnB aberta pra quebrada" durante eleições para DCE em 2014. O texto reflete integralmente a opinião da Oposição CCI. Boa leitura!!

 

Em tempos que setores de extrema-direita vem a público querendo a volta do regime militar no Brasil, é preciso ter clareza sobre o papel desempenhado pelo militarismo, mesmo em tempos "pós-ditadura". Existe ainda hoje um continuísmo do regime que sobreviveu pela manutenção de leis durante a reformulação da Constituição de 1988 e nos subterrâneos do aparelho repressivo de Estado, a exemplo da ABIN, antigo SNI. E no plano "sensível, é a lei do cassetete e da bala de borrachada polícia o poder de sustentação do regime capitalista. Vivemos, enfim, uma ditadura velada, que mata a juventude pobre e negra nas periferias, encarcera e tortura. Na verdade, a virada da ditadura para uma democracia burguesa não passou de um transação negociada que garantiu privilégios aos militares e reacionários.


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PM? Não, obrigado! Fora repressão!

O debate da polícia no campus precisa ser enfrentado diretamente. Eis a postura da chapa 3 “UnB aberta pra quebrada” a respeito do tema. Boa leitura e aguardamos o debate!


A desigualdade de classes da sociedade funda a ganância e a violência, que se reproduz no interior das universidades. Não ocorrem roubos, sequestros e assaltos por excelência e exclusividade na UnB. Seu padrão de ocorrência, entretanto, pode seguir tendencialmente um perfil: concentração de crimes contra a propriedade nas zonas de maior concentração de renda.  E a universidade apresenta este “atrativo”, por ser ainda elitizada. O “mapa da criminalidade” da gestão da Aliança pela Liberdade confirma: a maioria da “violência” é contra propriedades, e – felizmente – não contra pessoas. Contraditoriamente, muitos adeptos da ideia de PM no campus rejeitam a presença do Detran por identificarem estes como limitantes da “liberdade” de locomoção com seus veículos particulares – um ultra egoísmo.

Reivindicar a PM no campus é enxugar gelo. Ou seja, a desigualdade de classes é produtora de delitos; e agir sobre delitos é agir contra a consequência, estendendo a causa. A polícia age, por excelência, reprimindo os delitos, especialmente crimes contra a propriedade e a ordem institucional – seja ela qual for. Manter a “ordem pública” é manter a opressão política e a exploração econômica do “homem pelo homem”, causa da violência primeira em nossa sociedade. A função da polícia, portanto, é restrita, senão nula ou contrária a própria liberdade e segurança dos indivíduos e grupos de “minoria”. Registra-se, por exemplo, que a polícia brasileira domina os ranking das mais violentas do mundo. Operam assassinatos e toda sorte de abuso de poder, especialmente nas periferias e contra seus membros identificados em outros espaços urbanos. Os recentes casos de assassinatos de Amarildo, Antônio e Cláudia são reincidentes diários.

A pequena burguesia, ou de renda média, literalmente compra a ideia do enclausuramento, pois por ele pode pagar. Quanto mais grades, muros, câmeras, catracas, seguranças particulares e policiais, em tese, menos suscetível a violência está. Se preocupa exclusivamente com seus bens ou ideal de propriedade, enquanto se desresponsabiliza da sociedade que o cerca. Mas ao virar as costas para as causas da criminalidade, se tornam co-responsáveis pelos crimes. O povo continua refém da insegurança causada pelas contradições do capitalismo – a exemplo do tráfico etc. –, mas não pode pagar por segurança nem contar com a polícia em vários casos.

As Jornadas de Junho demostraram o papel da polícia em última instância: salvar o Estado e o capitalismo contra as rebeliões populares. Toda forma de especialização para reprimir está sendo viabilizado em função dos megaeventos e megaobras, como a Copa e a hidrelétrica de Jirau. Técnicas, armamentos, “carta branca” jurídica e apelo midiático: o povo é colocado por antecipação como inimigo interno em potencial, pouco importando seus interesses. A repressão age muitas vezes a esmo, mesmo contra manifestações pacíficas. A polícia trabalha como uma herdeira da ditadura no submundo da democracia burguesa, impondo a lei do “porrete”.

Ser contra a polícia no campus não é ser contra a paz. Absolutamente, não! A proposta da criação de um batalhão universitário, por outro lado, manteria o status superior de tratamento que supostamente merece o ser “acadêmico” diferentemente dos reles mortais. Na universidade, imediatamente, precisamos reivindicar 1) um plano de ocupação dos campi, com valorização de uso dos espaços vazios (áreas recreativas, de estudo, de esporte etc.), 2) corte do mato alto, 3) projeto de calçamento, 4) reforma na iluminação, 5) ampliação do transporte, 6) treinamento da segurança para além da guarda patrimonial e 7) construção de comitês de auto-defesa (de mulheres e homossexuais, por exemplo). Mas, sobretudo, é preciso mesclar UnB e periferia, através da 8) extensão universitária e 9) do acesso livre na UnB, e não torna-las antagônicas, quase inimigas como é hoje. Negar a polícia no campus é, enfim, entender que polícia é sinônimo de guerra: são os soldados do Estado capitalista para conter seu inimigo interno, o povo. E nós declaramos guerra contra a guerra! Pois queremos a paz, justiça e liberdade para todas as quebradas! Fora PM do mundo!

Recua polícia, recua: é o poder popular que está na rua!
Por uma UnB aberta pra quebrada!

quarta-feira, 25 de março de 2015

Documentário: Calabouço 1968 - um tiro no coração do Brasil

Nesta semana que completa 47 do assassinato de Edson Luis pela ditadura civil-militar no Brasil, indicamos um excelente documentário que contribui na formação histórica do movimento estudantil brasileiro ao resgatar a memória de nossas lutas.

 
NÃO ESQUECEMOS E NÃO PERDOAMOS!
DITADURA NUNCA MAIS!
PELO FIM DO MILITARISMO!



SINOPSE
Calabouço 1968 - um tiro no coração do Brasil é um documentário sobre a morte do estudante Edson Luís no restaurante estudantil Calabouço.

Na tarde do dia 28 de março, o local estava repleto de estudantes, na maioria secundaristas, que reivindicavam a conclusão das obras do restaurante e melhorias na alimentação, quando foram reprimidos com violência pela Polícia Militar. Um tiro dado à queima roupa matou o jovem estudante Edson Luís, cujo corpo foi velado na antiga Assembleia Legislativa, que funcionava onde hoje é a atual Câmara de Vereadores, na Cinelândia, no centro do Rio.

Calabouço 1968 - Um tiro no coração do Brasil é ponto de partida para reflexões sobre todo o período da ditadura militar até a redemocratização e as manifestações de rua dos dias atuais.

O “Calabouço”, restaurante central dos estudantes, foi o cenário onde se desenrola o estopim das grandes manifestações estudantis que abalaram a ditadura instalada em abril de 1964 no Brasil.



Ficha técnica completa

Título                        Calabouço - 1968, um tiro no coração do Brasil (Original)
Ano produção           2014
Direção                    Carlos Pronzato
Estreia                      28 de Março de 2014 ( Brasil )
Duração                    59 minutos
Gênero                      Biografia, Documentário, História
Países de Origem      Brasil

domingo, 22 de março de 2015

28 de Março: Dia Nacional de Luta dos Estudantes


28 de Março:

Dia Nacional de Luta dos Estudantes



(assista ao vídeo de 2 min: 28 de Março - Dia de Luta dos Estudantes)



28 de Março é celebrado o Dia Nacional de Luta dos Estudantes. Esta data homenageia o secundarista Edson Luís de Lima Souto que em 1968 foi assassinado com tiros a queima roupa pela Polícia Militar, no Rio de Janeiro. Fora o primeiro estudante que tombou morto diante da ditadura. Ele participava de um ato no restaurante estudantil Calabouço, foco de grandes mobilizações, reivindicando melhorias na alimentação, diminuição no preço e o término das obras do local. A PM adentrou o restaurante metralhando indiscriminadamente, deixando vários feridos e outros mortos, como o estudante Benedito Frazão Dutra, que faleceu dias depois.

Velório de Edson Luís


O corpo de Edson Luís foi levado imediatamente pelos próprios companheiros para ser velado na Assembleia Legislativa, e depois por cerca de 50 mil pessoas para ser sepultado. Nem sua missa de 7º dia foi poupada, onde os militares voltaram a atacar os presentes na igreja da Candelária, deixando outros feridos. A morte de Edson Luís gerou comoção e revolta nacional. Organizaram-se nos meses seguintes combativas passeatas e greves gerais com milhares de pessoas em mais de 20 cidades em todo Brasil, às quais tiveram mais presos, feridos e outros mortos pela ditadura.

Em decorrência desta data, e em 2015 ano completando 47 anos de seu assassinato, a RECC todos os anos faz questão de manter viva a memória do camarada Edson Luís. E de todos aqueles que foram perseguidos, torturados ou assassinados enfrentando a sanguinária ditadura civil-militar da burguesia. Convocamos os estudantes do Brasil para celebrarem a data, realizando em suas escolas e cidades atividades na semana do dia 28 de Março. Não podemos permitir que apaguem nossa história e nossa luta, tal como assassinaram nossos camaradas. O esquecimento é a morte. A luta é a vida.

Em memória e justiça aos mortos pela ditadura!
Não esquecemos nem perdoamos!
O companheiro Edson Luís vive!

sexta-feira, 20 de março de 2015

Quem influencia o “apartidarismo” da Aliança pela Liberdade?

Publicamos abaixo texto produzido e lançado pela Chapa 3 "UnB aberta pra quebrada" durante eleições para DCE em 2014. O texto reflete integralmente a opinião da Oposição CCI. Boa leitura!!

Fora liberais-pragmáticos!

 

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Quem influencia o “apartidarismo” da Aliança pela Liberdade?

apl_epl 

A “Aliança pela Liberdade” se apresenta como apartidária, plural e preocupada com as demandas do dia-a-dia da universidade, ditas técnicas ou operativas. Opõem-se ao que classificam como pautas externas, vistas como ideológicas e ilegítimas. Ela se coloca, assim, como que “neutra politicamente”. Entretanto, entre os membros da “Aliança”, dentre os quais alguns fundadores, há pessoas que fazem parte da rede estudantil internacional “Estudantes pela Liberdade”. Esta rede tem como referencial teórico-ideológico o liberalismo político e econômico, a exemplo da escola austríaca de economia, posição acessível no sítio da entidade (www.epl.org.br). A rede “Estudantes pela Liberdade” possui um verdadeiro manual para organizar os estudantes e uma forte coesão teórico-ideológica, a qual não é vista nem mesmo entre determinados partidos políticos (!). Possuem forte relação com institutos acadêmico-políticos de viés liberal, a exemplo do instituto Mises, o Mises Brasil, o instituto Millenium, entre outros.

A questão é, qual motivo leva a “Aliança pela liberdade” camuflar sistematicamente sua estreita relação com grupos de igual ou maior influência que partidos políticos? O que faz um militante do grupo “Estudantes pela Liberdade”, que possui forte coesão ideológica e um projeto liberal de sociedade, atuar no interior da “Aliança” se não vê neste a possibilidade de orientar ou ter contemplado suas respectivas posições políticas?

Responde a “Aliança” que ela possui independência interna frente a referida rede internacional e seus institutos, que sua posição não segue um projeto liberal e que se pautam exclusivamente pela demanda dos estudantes da UnB etc etc. Ora, estão tentando subestimar nossa inteligência. A defesa da iniciativa privada, da terceirização, da meritocracia, do empreendedorismo é a própria posição liberal, que não é consenso entre a “pluralidade” que alegam defender. A “Aliança” se projeta na UnB aproveitando da forte recusa ao modos operandi oportunista dos partidos eleitoreiros no Brasil. Mas organizações como o Instituto Millenium não precisam disputar eleitoralmente as eleições estatais para ter influência sobre governos, empresários e o próprio movimento estudantil. O modus operandi destas organizações supracitadas se revela audacioso e desleal: orientando politicamente distintas frentes da sociedade, em cada qual aparentam possuir um projeto corporativo ao setor, porém todos estes coordenados pela “intelectualidade orgânica” liberal para forjar as bases de seu projeto global que é – como dizem – o “capitalismo selvagem”.

Os que dizem querer pensar somente a universidade imediatamente acabam por deixar “intacta” (na melhor das hipóteses) a ordem social desigual que cria, mantém e para a qual se destina a própria academia. Ideologicamente, servem ao “partido da burguesia”, por mais que se digam apartidários. Nós da chapa 3 “UnB Aberta pra Quebrada” não somos contrários à articulação entre chapas e “outros grupos” – nossas relações externas e nosso projeto são ditos abertamente. Criticamos política e metodologicamente a relação com partidos eleitorais ou quaisquer grupos defensores do status quo. Apesar da ferrenha oposição que fazemos a submissão do movimento estudantil às instâncias políticas do Estado capitalista através de seu uso eleitoral, não somos contrários à existência de organizações políticas e partidos não-eleitorais que façam uma disputa política no rumo do movimento. Antes de sermos levados por ideias fáceis e cultivadas pelo senso comum, é dever do estudante pesquisar, criticar e opinar. Este é o motivo que nos leva ao combate incessante contra o modo de produção capitalista. Estudantes do povo, agremiem-se conosco! 

“Estamos convencidos de que liberdade sem socialismo é privilégio e injustiça, e que socialismo sem liberdade é escravidão e brutalidade”. Mikhail Bakunin.

quarta-feira, 18 de março de 2015

Governador Rollemberg e Reitor Ivan Camargo (UnB) são recebidos com protesto por estudantes durante cerimônia oficial de recepção dos calouros

20150309-0014
Oposição CCI protesta contra cortes e calotes na educação realizados pelos governos distrital e federal. Ao fundo, Governador Rollemberg falava de sua “trajetória socialista na universidade” (sic)

Durante a Recepção oficial de calouros pela Reitoria da UnB, no Centro Comunitário dia 13/03/15, a Oposição CCI realizou agitação e propaganda. Militantes e apoiadores distribuíram o boletim “O GERMINAL” (nº 35) aos recém ingressos na universidade. Durante falas de membros da Reitoria e da gestão liberal-pragmática do DCE, uma faixa foi exposta contra os recentes cortes (ou “calotes”) na educação que partiram do MEC e do GDF, sob a direção de Dilma (PT/PMDB) e Rollemberg (PSB), respectivamente. O GDF mantém atrasados o pagamento de direitos dos professores da rede pública básica e o governo Dilma efetuou um corte de 7 bi anual na pasta da educação.

Protesto pela manutenção dos "permissionários" marca celebração oficial da REItoria
Protesto pela manutenção dos “permissionários” marca celebração oficial da REItoria
O momento auge ocorreu antes do pronunciamento do governador Rollemberg. Cerca de 50 estudantes tomaram a cena e realizaram um protesto contra a retirada dos comerciantes permissionários das zonas centrais do ICC, principal prédio do campus Darcy da UnB. O protesto, ainda, criticou a gestão do DCE e da Reitoria em seus conchavos e políticas pró-privatização e elitização da universidade.

O GERMINAL nº 35 - Março de 2015

 

O GERMINAL

 

Boletim da Oposição Estudantil C.C.I. – Filiada à RECC/FOB

www.oposicaocci.blogspot.com | oposicaocci@riseup.net
Ano VIII – Edição Nº 35 – Março de 2015 – Desde 2007, na luta pela Universidade Popular!


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Leia a versão em pdf. CLICANDO AQUI.


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Vida nova, novas lutas… Sejam Bem vindos!


Desejamos as boas vindas  aos calouros que entraram para a Universidade de Brasília este ano! Vocês encontrarão muita novidade pela frente, muitas portas estarão abertas e muito conhecimento acessível ao alcance de vocês!

Para muitos um sonho que se realiza, para a maioria a negação do estudo e da possibilidade de encontrar um futuro emprego mais qualificado. Vitória para quem entrou, mas nem tudo são flores do lado de cá. Este ano entramos já com paralisação dos terceirizados que não receberam do Governo estadual, e uma possível greve nacional dos técnicos e servidores administrativos da UnB.

Fora isso, nos deparamos com todas as eternas dificuldades enfrentadas pelos estudantes de baixa renda, na luta por moradia, assistência estudantil, respeito. Muitas possibilidades se abrem quando entramos para uma universidade federal, mas devemos lembrar que nossos direitos foram adquiridos através das lutas que estudantes – como Honestino Guimarães, Ieda Santos Delgado e Paulo de Tarso Celestino – e servidores desta universidade travaram antes de nós. Mas  ainda há muito o que fazer, e não podemos retroagir em nossa luta!

Convidamos todos os calouros a engajarem-se no movimento estudantil da UnB, participarem, opinarem e fazerem avançar a luta por nossos direitos e também conhecer e juntarem-se à nossa organização, a Oposição CCI aos DCE da UnB, para lutarmos por um ensino gratuito,de qualidade, universal e popular. 

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Construir os Comitês de Autodefesa de Mulheres e Defender a Luta Histórica contra o Machismo!


Comitê de Autodefesa de Mulheres da UFMS torna-se referência na luta contra o machismo: https://www.facebook.com/comiteautodefesaufms?fref=photo

Vivemos em uma sociedade de cultura machista e uma estrutura de classes, onde a classe dominante oprime a classe dominada e impõe um cotidiano de violência, desprezo, exploração e humilhação as mulheres, principalmente as trabalhadoras, negras e indígenas.

O estado – e todo o seu aparato jurídico e militar – em nada contribuem para a real emancipação da mulher, pois a legislação e as políticas de amparo são apenas alegorias do “estado democrático de direito” sem real eficácia. Mas de qual maneira as mulheres podem se armar contra esse sistema de exploração-opressão? Construindo a sua autodefesa!

Foi em 8 de Março de 1857 que mulheres operárias foram queimadas numa fábrica em Chicago, por reinvindicar além de melhores condições de trabalho e salário, a igualdade de ambos aspectos frente aos companheiros de chão de fábrica. Estas companheiras empenharam suas forças pela libertação de gênero e de sua classe e é essa herança de lutas a qual não deixaremos ser apagada!

Nacionalmente temos construído os comitês de autodefesa de maneira independentes e voltados para estudantes e funcionárias/os, partindo  da necessidade de organizar e preparar as mulheres para lutar contra a violência machista, de raça e de classe. Os comitês vem promovendo treinos para as participantes e realizando  debates diversos sobre temas correlatos. Os comitês de autodefesa nesses moldes já vem ocorrendo em diversos lugares do Brasil como na UFRRJ, UFMS, UNESP, UFG e UFC..  Esta iniciativa se faz necessária também na  UnB!

Solidariedade de classe para combater o machismo! Mulheres na linha de frente pela emancipação integral da classe trabalhadora!

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Em tempos de “arrocho” geral, a resistência coletiva é a única saída


Professores da Oposição de Resistência Classista protestam contra cortes na educação durante assembleia do Sinpro-DF (fev/2015)
Professores da Oposição de Resistência Classista (ORC/FOB) protestam contra cortes na educação durante assembleia do Sinpro-DF (fev/2015)


O ano de 2015 começou com um verdadeiro estelionato. Eleita com a promessa de “não atacar direitos trabalhistas e sociais”, o governo de Dilma (PT/PMDB) faz exatamente o oposto: dificultou acesso ao seguro desemprego, abono salarial, pensão por morte e auxílio doença (MPs 664 e 665). Venderam “tucano” por lebre!

Na educação, a demagogia do governo não poupou esforços. Logo após anunciar o (enganoso) lema “Brasil: pátria educadora”, lançou também um corte de verba, onde o Ministério mais afetado será justamente o da Educação. A previsão é de cortar R$ 7 bilhões de seu orçamento anual. Este “ajuste fiscal” já gera impactos negativos.

Desde janeiro o MEC suspendeu o repasse de 30% da verba às universidades. Em diversas instituições, e também na UnB, bolsas de estudo e permanência foram atrasadas, oferta de vagas nos programas de assistência estudantil não acompanharam o aumento da demanda e trabalhadores terceirizados sofrem com o atraso de salários e ameaça de demissão.

Para piorar, o aumento do custo de vida sobe absurdamente. O aumento da luz, da gasolina, do supermercado, do aluguel anulam o pífio aumento do salário mínimo de 8,8%. No DF, o aumento da conta de água é a mais caro em 10 anos. E o governo Rollemberg (PSB) ainda ameaça aumento de tarifa no transporte.

Com medo de que os danos da crise capitalista cheguem no Brasil, os governos jogam a conta nas costas dos trabalhadores e estudantes. Mas esta conta não é nossa! E nós não vamos pagá-la! Aos estudantes trabalhadores, filhos de trabalhadores e que dependem dos programas de permanência, tempos de “vagas magras” se anunciam! Na universidade e nas ruas, só nos resta resistir e lutar!

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A “REI”toria de Ivan Camargo: uma pedra no caminho…


Ocupação da Reitoria da UnB em 2014. Todos os partidos e grupos reformistas debandaram. A ocupação foi mantida por estudantes e grupos independentes e combativos e que alcançaram o arquivamento dos processos administrativos!

A UnB é dirigida pela equipe de Ivan Camargo desde 2012. Sua gestão vem sendo alvo constante de conflitos com os estudantes e terceirizados. Vamos recapitular alguns episódios:
  1. No início de 2013, aprovou as “Regras de Convivência” que colocou na ilegalidade a realização autônomas de festas e eventos acadêmicos pelos estudantes;
  2. No 2º semestre de 2013, Ivan Camargo solicitou reintegração de posse da sala BT 260 ocupada por estudantes que reivindicavam assistência, efetivado pela Polícia Federal;
  3. Ainda em 2013, reativou do Conselho Diretor da FUB, órgão por onde passou os esquemas de corrupção do ex-reitor Timothy Mulholland que só caiu após a ocupação da reitoria em 2008;
  4. Durante sua gestão, centenas de trabalhadores(as) terceirizados foram demitidos ou perseguidos politicamente. Terceirizadas foram demitidas ilegalmente pelas empresas por estarem grávidas, sob a conivência da Reitoria;
  5. No 1º/2014, o Restaurante Universitário aumentou de R$ 5 para R$ 10 o valor da refeição à comunidade externa. Em paralelo, abriu uma seção “gourmet”, discriminando os usuários mais pobres;
  6. Também em 2014, Ivan Camargo abriu processo administrativo e ameaçou com processo civil e criminal 8 estudantes que participaram de “catracaços” no RU. Ao ocuparem a reitoria para arquivar os processos, os estudantes – que saíram vitoriosos – sofreram ameaça de reintegração de posse e corte de energia;
Estes episódios indicam o que foi e o que será a gestão Ivan Camargo: autoritária, repressora, elitista e privatista! Chega de “lero-lero”, daqui pra frente é só ação direta!

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O que é a Oposição CCI?


A Oposição Combativa, Classista e Independente ao DCE-UnB surge em 2007. Ela não se opõe a uma gestão de DCE em particular, mas ao parlamentarismo estudantil como um todo. A CCI é uma organização de base com o objetivo de lutar pelas demandas básicas dos estudantes. A longo prazo lutamos pela construção de uma Universidade Popular, onde o povo tenha acesso livre e o conhecimento produzido seja voltado aos interesses do mesmo. Para isso acreditamos que é necessário reorganizar o Movimento Estudantil sob as bandeiras da ação direta, da unidade com os trabalhadores e de um programa anti-governista. Possuindo militantes em diversos cursos, nos organizamos nacionalmente através da RECC (Rede Estudantil Classista e Combativa) e do FOB (Fórum de Oposições pela Base).

Lutar para estudar, estudar para lutar!