A Oposição CCI saúda a iniciativa dos estudantes da UNESP Marília/SP e engrossa o coro contra a ameaça de demissão dos/as trabalhadores/as terceirizados/as da UnB, setor responsável por diversas atividades da Universidade. Defendemos a manutenção no emprego dos trabalhadores terceirizados, e a isonomia de salários e de direitos rumo a completa efetivação dos trabalhadores ao quadro de servidores da FUB, sem concurso público. Bem como a redução imediata da taxa de lucros das empresas terceirizadas e pelo fim definitivo da terceirização na UnB. Para esta luta, defendemos a organização sindical por local de trabalho, sem distinção entre efetivos e terceirizados, que deverá sem levada a cabo através de uma Oposição Sindical de Base em aliança com os setores classistas e combativos dos técnico-administrativos, professores e estudantes.
"MESMO TRABALHO, MESMO SALÁRIO, MESMOS DIREITOS!
SOMOS TODOS TRABALHADORES!"
Abaixo, a moção:
Moção de Repúdio à demissão das/os terceirizadas/os da UnB
- Assembleia Geral dos Estudantes da UNESP Marília/SP -
O
neoliberalismo avança oprimindo e explorando de forma cada vez mais aguda a
classe produtora das riquezas, a classe trabalhadora. Em tempos de crise, a
prioridade dos Estados é salvar o capital diante da instabilidade econômica.
Para tanto, é fundamental retirar benefícios e direitos das/os trabalhadores e
sucatear as condições de trabalho através de políticas como a terceirização e a
flexibilização das relações trabalhistas (falta de estabilidade,
irregularidades no pagamento, entre outras). Essas práticas tomam a forma de
macropolíticas em expansão, com a transferência de verbas públicas para a
iniciativa privada em cada vez mais setores – incluindo a Universidade.
A
terceirização do trabalho nas instituições públicas é parte fundamental do
projeto de Universidade elaborado pelos governos neoliberais que busca
ajustá-la cada vez mais aos interesses do mercado precarizando assim, ensino e
trabalho. É a saída dada aos impasses criados por políticas federais como o
REUNI que prevê o crescimento das Universidades sem melhorias em
infraestrutura, aumento de verbas ou contratação de funcionárias/os.
Exemplo
claro é a postura da reitoria da UnB que anuncia o corte de postos de serviços
das/os terceirizadas/os para reduzir o valor dos contratos e enxugar os gastos.
Desconsiderando as margens de lucro exorbitantes que as seis empresas de
terceirização obtêm mensalmente (por volta de 400 mil reais), a reitoria tenta
justificar sua política de demissões com base no alto custo do processo
artificial de expansão da Universidade, penalizando os trabalhadores pela
incapacidade de gestão do Estado.
Na
UNESP/Marília, as/os estudantes se mobilizam contra a possibilidade de
contratação de trabalhadoras/es terceirizados para a limpeza do Restaurante
Universitário após a saída de três efetivas/os que culminou no fechamento do
turno da noite por tempo indeterminado. A abertura do R.U. noturno é uma
conquista de uma greve estudantil ocorrida em 2009, mobilizada desde o início em
combate à terceirização. Frente ao retrocesso da direção nessa pauta,
as/os estudantes iniciaram um processo de resistência por entenderem que nossa
vitória não pode implicar em uma derrota para as/os trabalhadores, paralisando
a burocracia acadêmica através da ocupação da Seção de Comunicações
(Protocolo).
A
Assembleia Geral de Estudantes da UNESP/Marília repudia a política da reitoria
da UnB de ataque às/aos trabalhadoras/es e reivindica a organização conjunta de
estudantes e trabalhadoras/es em luta para barrar o avanço da
precarização do trabalho.
CONTRA A TERCEIRIZAÇÃO DO TRABALHO NAS
UNIVERSIDADES!
VIVA A ORGANIZAÇÃO E LUTAS DE TRABALHADORAS/ES
EFETIVAS/OS E TERCEIRIZADAS/OS!
VIVA A AÇÃO DIRETA DAS/OS ESTUDANTES EM DEFESA DOS
INTERESSES DA CLASSE TRABALHADORA!