terça-feira, 6 de março de 2012

Creches Públicas na Universidade, já!


Chamado para construção de campanha por Creches Públicas na Universidade, já!

 Reunião aberta para construção da campanha:
15 de março (quinta), às 12h em frente ao CASESO (ICC central)


No dia 8 de março é comemorado internacionalmente o dia da Mulher Trabalhadora, o qual esteve marcado por lutas na busca por mudanças na condição das mulheres na sociedade. Hoje, porém, por meio da mídia, por exemplo, dissemina-se a falsa ideia da efetiva libertação da mulher pelo fato de estar inserida no mercado de trabalho, como se as mulheres já estivessem emancipadas. No entanto, a mulher conquistou somente mais uma jornada de trabalho - com a diferença que é paga, sendo que esta inserção no mercado de trabalho se utiliza de sua condição de "inferior" para uma maior exploração de sua força de trabalho.

A mulher inserida no mercado de trabalho tem que conciliar os diversos papéis que lhe foram condicionados, porém considerados de ordem "natural", tendo que, muitas vezes, buscar aqueles empregos que permitem cumprir sua função dentro da instituição família. Estes postos de trabalho que está inserida, em sua maioria, são caracterizados pela informalidade, baixos salários e instabilidade, sendo assim a sua inserção no mercado de trabalho é de forma precarizada subalterna. A mãe trabalhadora, por sua vez, ainda deve aliar sua função de cuidado dos filhos com a jornada de trabalho fora de casa. E a condição piora se estas tiverem que se ocupar com os estudos.

Para ter cumprida sua obrigação de maternidade, a mãe trabalhadora e estudante tem que deixar seus objetivos para atender as demandas de mãe. As creches possibilitariam uma maior independência às mulheres, porém estas não encontram creches públicas em quantidade suficiente, e muitas vezes estão com más condições de uso, o que faz, por sua vez, essas mães recorrerem as creches privadas ou informais, mesmo não tendo dinheiro suficiente para isto. Esta é a condição também das mães estudantes e proletárias das Universidades, sendo que estas, em sua maioria, ou não possuem creches públicas ou quando têm não é suficiente para atender a demanda. Estes fatores influenciam diretamente na libertação da mulher, pois impedem a sua inserção nos diversos espaços públicos de forma crítica e independente.

Com vista a estar discutindo sobre estas questões e da sua fundamental importância na construção da luta de libertação das mulheres trabalhadoras, a RECC (Rede Estudantil Classista e Combativa) convoca os CA's, Sintfub, ADUnB, terceirizadas, estudantes e trabalhadoras em geral, a estarem participando da reunião aberta convocada para construirmos um debate/seminário iniciando uma campanha por Creches Públicas nas Universidades proposta para o mês de março. Esta reunião aberta à todos e todas será realizada no dia 15 de março, às 12h em frente ao CASESO (Centro Academico de Serviço Social -  ICC Central). Contamos com sua presença. 

 Viva a luta das mulheres trabalhadoras!
Creches Públicas na Universidade, já!


* * *

Para impulsionar o debate sobre a campanha e pela necessidade de creches públicas nas universidades, coletivos da RECC produziram e disponibilizam publicamente sua cartilha: "Creches Públicas: garantir o direito das mulheres ao trabalho e ao estudo", disponível AQUI.