Leia nesta edição:
- Editorial especial 5 anos de CCI;
- A consulta
“paritária” para a reitoria, o avanço da direita e os desafios dos
estudantes da UnB;
- Parlamentarismo Estudantil: “Quando a solução para o
doente é a eutanásia".
* * *
O GERMINAL
Boletim
da Oposição Estudantil C.C.I.
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Nº27
-|Novembro de 2012 -| Edição Especial 5
anos de CCI
EDITORIAL
Em
comemoração aos 5 anos da Oposição CCI, lançamos esta edição especial de O
GERMINAL. Não haveria momento mais oportuno do que este para realizar uma
profunda reflexão sobre a situação ímpar na UnB da “maré” direitista que a
tomou. Tal momento nos reconduz às nossas tarefas fundacionais e à confiança de
que a força coletiva dos estudantes pode mudá-lo.
Pedimos
licença e desculpas pela extensa análise que apresentaremos. Mas é necessário
acabar com o mito de que “toda esquerda fala a mesma coisa”. E para isso temos
que fugir dos textos panfletários: é o que buscamos fazer nesta edição.
Queremos provocar cada estudante para tomar responsabilidade em parte do
problema que vive o Movimento Estudantil, identificando “quem é quem” e
avançando conosco no debate/resolução desta conjuntura amorfa na UnB.
Surgida
em meados de 2007, a Oposição CCI entendia como tarefa do momento lutar contra
a Reforma Universitária Neoliberal do governo Lula/PT, atuando como um germe no
interior do Movimento Estudantil para sua reorganização pela base em unidade
com a classe trabalhadora. Hoje, em fins de 2012, esta exigência permanece
atual.
Batizada
de forma a caracterizar nossos princípios, meios e metas, a sigla "C.C.I." postulava, já desde nosso
primeiro boletim, o norte político que nos balizaria até os dias de hoje:
"Combatividade: Mobilizar
as bases no sentido da ação direta, das greves, mobilizações de massas, ações
radicalizadas em lugar de ir a reboque do parlamento burguês", "Classismo: Unificar a luta dos estudantes proletários
com a luta dos trabalhadores, dar ao movimento estudantil seu papel de classe"
e "Independência: Que o
movimento estudantil seja independente de governos e patrões, partidos, que
possua fóruns de deliberação democrática direta."
Com
este mesmo norte, analisamos a UnB de 2012, que nas respectivas eleições da
ADUnB, DCE e Reitoria foi tomada pelos grupos de direita. Eleições estas, como
de CAs e DCE, que sempre participamos com a seguinte política: de que ganhá-las
a qualquer custo pode gerar mais prejuízos, e que é preferível defendermos
integralmente nossas bandeiras e posições, ainda que assim percamos, pois só
dessa forma somos capazes de construir uma sólida referência programática na
Universidade.
A
Oposição CCI decidiu, neste ano, não concorrer às eleições para DCE. Apesar de
não negarmos sua importância, as eleições nunca foram um fim em si mesmo para
nós. Mesmo destituídos de aparatos, somos capazes de disputar corações e mentes
do estudantado e a direção do Movimento Estudantil. Os problemas do ME não se
resolverão de forma meramente eleitoral: ao contrário, a (falta de) qualidade
da “esquerda” tem sido um problema
crônico. Nosso trabalho agora estará voltado aos cursos e à luta pela
assistência estudantil, liberando energia para construir referências de um
programa classista e combativo, combatendo imperiosamente a ideologia liberal e
pós-moderna e as políticas governista e paragovernista.
A
seguir, apresentamos textos que discutem o que representa a atual vitória da
direita na Reitoria através da eleição do Ivan Camargo? E a proposta do grupo
Aliança Pela Liberdade de instituir um "DCE parlamentarista" , que
diabos estão falando? E, nessa conjuntura, para onde ir e o que fazer? Uma Oposição
intransigente parece-nos cada dia mais necessária...
Boa
leitura! E todos à luta!
VIVA OS 5 ANOS DE LUTA E ORGANIZAÇÃO DA
OPOSIÇÃO CCI!
JUNTE-SE CONOSCO NAS TRINCHEIRAS DOS
ESTUDANTES DO POVO!