quinta-feira, 26 de novembro de 2009

O Germinal - Nº 13, Novembro de 2009

Unificar a Greve e as Pautas de Luta!

Para enterder o processo:

Neste mês de novembro os trabalhadores da UnB foram surpreendidos mais uma vez pelo inaceitável corte da URP (Unidade de Referência de Preços), gratificação incorporada pela luta dos servidores no ano de 1991 referente a perdas salariais que aconteceram em 1989, que atualmente representa 26,05% do salário. A ação foi movida pelo TCU (Tribunal de Contas da União) na qual alega a inviabilidade do pagamento da URP aos trabalhadores contratados nos anos recentes (cerca de 500). As direções sindicais têm esperado em vão as ações judiciais promovidas pelo STF.

Após uma breve exposição dos fatos é necessário realizar uma análise mais aprofundada da situação. Ao contrário do que afirmam as direções da ADUNB, SINTFUB e DCE, a Oposição Combativa Classista e Independente (CCI) ao DCE entende que este corte de salários está alçado em uma política neoliberal para a educação superior. Os cortes de gratificações semelhantes a URP foram realizados a nível nacional em diversas outras universidades, além do mais, as condições de trabalho vem sendo atacadas em diversas frentes como vemos na UnB com o avanço da terceirização, quebra da isonomia salarial, perdas de gratificações, aumento do contrato de professores temporários em detrimento dos efetivos etc.

Dessa forma, esta política ditada através dos órgãos federais (TCU etc) compõe uma parte do todo integrado que é o programa para educação do Governo Lula/PT alicerçado a burguesia nacional, que vem precarizando e atingindo vários aspectos da universidade mas que abre a possibilidade da luta unificada

Os limites da Luta:

Mas os estudantes e trabalhadores precisam ter claro que este movimento nasce de forma limitada onde as direções tanto sindicais como estudantis são governistas como é o caso de DCE/PT e Sintifub/CUT ou pior são de centro-direita como a direção da ADUNB. Onde os dois primeiros visarão blindar o Reitor(José Geraldo – PT) e o governo, e a direção da ADUNB fazer uma oposição oportunista ao reitor para juntamente com antigos setores thimotystas calcar um cargo nas próxima eleições.

Independente destas diferenças burocráticas, estes setores apresentam uma política comum para a luta: a adequação a legalidade burguesa, o coorporativismo e a burocratização dos processos de mobilização.Os efeitos dessa política podem ser percebidos de forma clara: O atraso da greve e a espera pelo STF nesses meses são exemplos disso, o que jogou a mobilização para um período ruim na véspera de férias; a proposta de realização da assembléia dos 3 setores mediada pelo Reitor é outro exemplo, assim como, o posicionamento da direção da Adunb na última assembléia(24/11) em recuar sua proposição para uma paralisação de 3 dias e não a greve por tempo indeterminado até a conquista da URP.

A conseqüência desta política da burocracia estudantil e sindical é a derrota para o movimento. Que não responde aos ataques estratégicos desferidos a educação superior pelo governo Lula e leva a mobilização ficar a reboque das instâncias legais que paralisam a luta ou promovem conquistas rebaixadas e superficiais.

A Política Combativa:

Nós acreditamos que apesar deste quadro é possível recuperar a URP com a luta combativa dos trabalhadores, assim como achamos mais que necessário ampliar e unificar as pautas de Luta de todos os setores proletários da universidade.

Por isso a Oposição CCI defende: 1º Avançar a luta com Ação Direta: ocupações dos órgãos responsáveis (TCU, Reitoria, MEC etc), marchas e fechamento de ruas, piquetes na entrada dos prédios do campus, construção da greve unificada entre estudantes professores e técnicos administrativos. 2º Incorporação das pautas prioritárias dos estudantes e terceirizados- (Fim do REUNI, ampliação da assistência estudantil, fim das fundações privadas e incorporação dos terceirizados ao quadro efetivo). 3º Fortalecer e Construir um Movimento de Oposição na Base Estudantil e Sindical: Nós acreditamos que a luta não avançará através de comitês consensuais da burocracia, pois esta é incapaz de abrir um processo real de luta política anti-governista. Desde já se faz necessário construir e fortalecer as oposições, único meio capaz de reorganizar nossa classe.



Viva a Ação Direta Proletária!

Una-se a Oposição Classista Combativa e Independente ao DCE-UnB

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