segunda-feira, 4 de agosto de 2008

A ocupação da UNB e a continuidade da luta. *

Retirado Boletim #nº 5, abril de 2008.


A Oposição estudantil Combativa, Classista e Independente (Op. C.C.I.) vem por meio deste declarar o seu repúdio às práticas anti-democráticas manifestas na última assembléia de quarta-feira (09/04). A mesa conduzida pelo DCE, contando também com a presença de um membro do PCdo B, além de finalizar as inscrições não contemplando a magnitude da assembléia geral, com cerca de 1600 alunos onde apenas cerca de 40 haviam se inscrito, cassou falas sob ridículo o pretexto de que “não havia tempo” para tantas falações etc. Não bastando isso a mesa impediu os encaminhamentos propostos pelos membros da oposição C.C.I., assim como tratorou literalmente qualquer possibilidade de defesa de proposta sobre a inclusão do combate pela ação direta do REUNI na pauta reivindicativa ao passo que deixou a UNE se manifestar, impediu as questões de ordem de nossos militantes etc.


Este tipo de manobra é condenável tanto do ponto de vista dos princípios democráticos do movimento estudantil, que primam por uma amplo direito de defesa de propostas e de debate político, como do ponto de vista de um movimento combativo e classista. O que nós queremos dizer com isso? Como se situam politicamente tais manobras? Basicamente, elas são a expressão do peleguismo para-governista da direção do DCE-UNB que conta com partidos reformistas como PSOL, PSTU e setores “independentes”. Os efeitos de postergar a deflagração da greve estudantil como tática para construir a greve unificada das categorias da UNB, assim como a exclusão do combate ao REUNI na pauta, só pode ser entendido como uma adaptação da gestão do DCE ao governismo do PC do B, PT e toda burocracia da UNE. O objetivo por de trás destas manobras é deixar o movimento ser liquidado progressivamente em torno de suas pautas mais rebaixadas: a corrupção do reitor. A luta específica contra a corrupção do Reitor da UNB e sua parentela deve ser transformada em luta política estudantil contra a expansão privatizante de Lula e contra as parasitárias fundações de direito privado, até mesmo porque a corrupção tão condenada por todos os setores só é possível por conta das mesmas, que aliás tem um vínculo de capilaridade com o REUNI na captação de investimentos. Estas “caixas pretas” que a comunidade de estudantes e trabalhadores da UNB não tem controle algum se tornam espaços de acumulação para as empresas e de corrupção para toda sorte de ladrões oportunistas. A Universidade democrática não precisa de fundações para mediar a gestão de seus recursos nem de de empresas parasitas para determinar suas pesquisas e projetos! Diante de tais colocações a Oposição C.C.I. apresenta também uma crítica sobre a tática adotada pelo movimento no que se referiu a pressionar o CONSUNI para a consolidação de suas pautas. Esta tática já se mostrou um erro como provou a sessão do CONSUNI nesta sexta-feira (11/04). Devemos compreender que o CONSUNI é um campo que favorece a reitoria devido a proporção desigual de delegados (15% para discentes). A ação de postergar as deliberações para a próxima sessão demostra o quão letárgica e impossível é a vitória via instâncias anti-democráticas tal como esta.


Por conta desta avaliação a oposição C.C.I. Defende: 1) Greve unificada de todos os setores combinada com ação direta de massa como único instrumento efetivo de vitória para o movimento; 2) que esta greve deve ser construída por meio de um comando de greve democraticamente eleito (com mandato revogável e imperativo) em assembléia e deve ter como tarefas ser um pólo de agitação, debate e propaganda assim como de organização auxiliando a construção de comissões de base; 3) defesa intransigente de todas as pautas reivindicativas evitando o desmembramento de nossas conquistas ou a capitulação; 4) Inclusão do “fim das fundações de direito privado” na pauta reivindicativa. Sobre o ponto 3 vale destacar também que na última sessão do CONSUNI a UNE tentou negociar à parte uma das pautas aceitando em trocar a desocupação e fim do movimento. Tal prática só demonstra o tipo de oportunismo dos governistas e compromisso que possuem com o movimento: nenhum!! Não devemos aceitar de modo algum este tipo de prática traidora na luta, o que revela a necessidade nítida de expulsar a UNE e toda seu grupo de burocratas colaboracionistas da ocupação da UNB!!

EM DEFESA DE UM MOVIMENTO ESTUDANTIL DEMOCRÁTICO E COMBATIVO!!! FORA OS TRAIDORES GOVERNISTAS!! FORA UNE!! EM DEFESA DA GREVE UNIFICADA E DA AÇÃO DIRETA!!! EM DEFESA DE TODAS AS PAUTAS E NENHUM PASSO ATRÁS!!!! VIVA O PÓLO REVOLUCIONÁRIO DA CONLUTAS!!!!!

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