terça-feira, 10 de novembro de 2015

O GERMINAL nº 38 - Novembro de 2015


 

* * *

Leia versão para impressão aqui 

* * *

NENHUM C.A. SE MOVE



A reitoria, em um novo ataque aos estudantes, está tentando retirar o espaço físico dos Centro Acadêmicos! A desculpa da vez é que os CA’s são entidades privadas (!!) que estão se apoderando do espaço de uma universidade pública. Estranhamente a mesma acusação não é feita sobre os bancos existentes no campus.

A proposta atual da reitoria é criar um “CA4” colocando o Serviço Social, a Filosofia, a Geografia e a História no espaço que atualmente é ocupado pelo CAHIS. A outra proposta dada foi que os quatro cursos abandonem seus CA’s e fiquem com uma sala dentro de seus respectivos departamentos. Uma terceira proposta foi a ocupação de parte do Módulo 26 para dois CAs e a divisão do atual CAHIS para outros dois CAs.

Os CA’s são espaços essenciais para a mobilização política da comunidade acadêmica e também para momentos de confraternização dos estudantes. A retirada desses espaços é mais uma tentativa de acabar com as mobilizações estudantis contra os ataques do governo e da reitoria, bem como ceifar a liberdade de expressão e convívio dos estudantes.

O DCE Aliança pela Liberdade, que tenta criar uma cultura de apatia política dentro da UnB, não irá lutar ao lado dos estudantes pela permanência dos CA’s. Os estudantes não podem recuar frente a esses ataques. Os centros acadêmicos com luta foram ocupados e com luta serão mantidos! É necessário mobilizar os estudantes não só pela permanência do espaço físico, mas pela revitalização da vida política desses espaços!

Nenhum CA se move! Fora reitoria fascista!

---------------

PM no Campus:
Não é segurança, é repressão!


No dia 22 de outubro, pudemos observar com clareza os objetivos da reitoria ao autorizar a atuação da PM dentro do campus: a repressão a qualquer tipo de manifestação da comunidade acadêmica! Neste dia ocorreu um ato organizado pela Articulação de CA´s contra os aumentos nas tarifas de ônibus e restaurantes comunitários, bem como contra os cortes na Educação, que são ataques diretos aos direitos dos estudantes, como os atrasos da bolsa permanência e os “atrasos” na abertura de novos editais, o que impede que estudantes de baixa renda possam se inscrever no programa.

O ato foi abordado de maneira truculenta ainda dentro do campus pela PM, que chegou atirando spray de pimenta nos manifestantes, empurrando fotógrafos que acompanhavam o ato... Armados com cacetes e FUZIS, os policiais ameaçaram o tempo inteiro os manifestantes, alegando que estes não poderiam “fechar” as vias da UnB.

Ficou claro de onde partiu a ordem dessa atuação, uma vez que alguns manifestantes fizeram uma denúncia na corregedoria da PM, que se manifestou dizendo que nem sabia do ocorrido, ou seja: Quem “acionou” e ordenou o batalhão foi o próprio REItor, Ivan Camargo. Apareceram no ato até viaturas do GTOP (Grupo Tático Operacional), grupo que geralmente é acionado para ocorrências com conflitos armados!

Não aceitaremos situações como esta dentro do campus! Foram milhares os estudantes que lutaram pelo direito à livre expressão e manifestação, para que hoje possamos nos posicionar politicamente frente à nossa realidade. Seguiremos lutando contra a precarização que nos é imposta, bem como pelo fim da PM, no campus e na sociedade!



Não nos amedronta a truculência policial: Cada confronto nos dá mais força! Fica o aviso.


--------------- 
  
A “Articulação de CA’s e Estudantes Independentes da UnB” é um movimento de base preocupado em lutar, estudar e trabalhar pelas demandas estudantis e populares. Venha para reuniões e atividades! Conheça mais: www.facebook.com.br/articulacaounb


---------------

Conheça o Comitê de Propaganda da RECC!
Leia a proposta do grupo n’O GERMINAL nº37
Acompanhe atividades no site e venha construir!



---------------

Greves no DF, o que nós temos a ver com isso?



O Distrito Federal vive hoje um momento crítico. O povo trabalhador e os estudantes vêm sendo atacados por todos os lados. A nível nacional o Governo de Dilma/PT implementou o Ajuste Fiscal com corte de 70 bilhões do orçamento geral da União, afetando principalmente a Saúde e a Educação, fato que será responsável por um corte de quase 50% das verbas da UnB em 2016 (Campus).  Os efeitos locais dessa política são aplicados pelo Governador Rollemberg/PSB, que já em seu terceiro pacote de austeridade, anunciou em setembro o aumento absurdo das passagens de ônibus e a suspensão do reajuste de 32 categorias do funcionalismo público do DF.

Tendo em vista o caráter nacional e local dos ataques contra o povo, a burocracia sindical da CUT e CTB visando blindar o governo Dilma, foi incapaz de articular um movimento grevista unificado no serviço público federal, estadual e municipal, contra os cortes na educação, por exemplo. A greve das universidades federais definhou no isolamento e na desmobilização. Já no DF todas as condições estão dadas para uma greve geral frente ao “tarifaço” do GDF, pois os ataques são múltiplos, mas as mesmas burocracias sindicais pouco vêm fazendo para mobilizar suas bases, realizar piquetes, atos de rua e ocupações. Fato questionado por suas próprias bases.

Hoje mais do que nunca, os estudantes e trabalhadores, precisam ter claro que o Ajuste Fiscal é um ataque da classe dominante contra os direitos de todo o povo trabalhador e estudantes, em todas as esferas de sua vida e por tempo prolongado. A nossa resposta também precisa ser de classe e nosso trabalho hoje é romper o isolamento e construir mobilizações unificadas, com atos de rua e participação das bases. Por isso os estudantes da UnB precisam se somar as mobilizações gerais, se organizar dentro e fora da universidade através da Articulação de CA’s em oposição aos ataques da Reitoria e a cumplicidade Aliança pela Liberdade/DCE. 

Derrotar o aumento de tarifas do GDF! Não ao corte de verbas na educação! Construir mobilizações unificadas rumo a greve geral!

---------------

Supexexploração das/os terceirizadas/dos da área de limpeza na UnB


A empresa Apecê, contratada pela UnB para cuidar das atividades relacionadas à limpeza das diversas regiões da universidade, recentemente aumentou a carga horária de trabalho dos/as trabalhadores/as sem uma justificativa convincente até o momento. Das suadas 40h semanais essas pessoas passaram a trabalhar cerca de 44h semanais, porém, sem nenhum aumento sobre o péssimo salário que já recebem, e ainda sobe ameaças constantes de demissão.

Tais medidas tomadas pela empresa citada e até aqui toleradas pela reitoria da UnB fortalecem um regime com características de pleno desrespeito e exploração da classe trabalhadora terceirizada já tão desvalorizada e mal remunerada. Terceirizados/as em sua maioria tem uma cor comum, por sinal, negra, e também habitam locais comuns no DF e entorno, regiões essas com uma série de problemas sociais, além de enfrentamento do transporte caríssimo e precário do Distrito Federal.

Estudantes advindos do povo e que lutam por esse denunciam a exploração das/os terceirizados/as da empresa Apecê na Universidade de Brasília e buscarão todas as formas possíveis no combate a tais medidas exploratórias, inclusive uma resposta esclarecedora da reitoria da universidade de Brasília.

NENHUM DIREITO A MENOS! COMBATER A EXPLORAÇÃO DA CLASSE TRABALHADORA!

---------------

A Universidade é dos Estudantes!


Nos últimos meses, nós estudantes nos vemos num cerco que cada vez mais tem se fechado: Por um lado a Reitoria tem corrido para aprovar o Código Disciplinar Discente, um quadro de normas abusivas para en-quadrar os estudantes da UnB, por outro tem ameaçado os Centros Acadêmicos de História, Geografia e Serviço Social de desalojo, ou perca de espaço físico destes...

O código disciplinar que o reitor quer enfiar “goela abaixo” nas/os estudantes se tratada proibição do livre pensar e manifestar numa universidade federal! Já a política de perseguição aos Centros Acadêmicos, tem se demonstrado como um verdadeiro desrespeito a auto-organização dos estudantes.

De quebra, a reitoria ainda tem coagido, através de seus “assistentes sociais”, os moradores da Casa do Estudante, a CEU, com normas absurdas, onde até estender roupa no varal pode ser motivo para “advertência”, sendo que no acúmulo de 3 advertências, o estudante é expulso da CEU, assim perdendo direito ao programa de moradia!

Não podemos nos curvar a estas ofensivas autoritárias da reitoria! A organização dos setores perseguidos nesta universidade é urgente, uma vez que as instâncias burocráticas nunca beneficiam a democracia, ao contrário, em tudo favorece aos setores elitistas da UnB que querem a completa desorganização dos estudantes para conseguir implementarem suas políticas! Não deixaremos que nos roubem espaços históricos, bem como não nos calaremos diante dos abusos autoritários! Essa é a ordem do dia na UnB! 

Lutar para se estudar! Estudar para lutar! Avante estudantes do Povo! 


Nenhum comentário: