sábado, 21 de novembro de 2015

[RECC-SP] RECC cresce em Marília-SP com o grupo Ação Direta Estudantil (ADE).

Este documento tem por finalidade publicizar a fundação da Ação Direta Estudantil – núcleo Marília (ADE – UNESP/Marília), bem como solicitar filiação à Rede Estudantil Classista e Combativa (RECC), integrante do Fórum de Oposições pela Base (FOB).

Nosso coletivo surge em um contexto em que o Movimento Estudantil, tanto  local quanto  nacionalmente, se encontra fragilizado e imobilizado devido aos modelos  de atuação política hoje hegemônicos, cujas características apontam, por um lado, para o parlamentarismo e o colaboracionismo das entidades oficiais  (UNE  e cada vez mais reproduzido pela ANEL) e, por outro, para a dispersão e o imediatismo das tendências autonomistas, fortemente influenciadas pelos paradigmas pós-modernos de culturalização da política. Diante dessas formas degeneradas, a estudantada se vê carente de formas organizacionais democráticas e de métodos de luta coerentes e efetivos para o atendimento das demandas da classe trabalhadora.

Nós, estudantes, compomos uma categoria social transitória, pois inseridos nas instituições de ensino, estamos sendo preparados para nossa futura inserção no mundo do trabalho. O sistema educacional brasileiro reproduz as contradições sociais, formando tanto os próximos gestores da exploração do trabalho quanto a mão de obra pouco qualificada que vende sua força para a manutenção do sistema. Expresso que a educação brasileira é marcada pela contradição entre as classes, a luta estudantil não deve ser encarada em separado do conjunto da classe.

O empenho na construção de uma alternativa de luta no interior do ME da UNESP já existe há alguns anos, através da construção do Comitê de Propaganda (CP) da RECC. A Ação Direta Estudantil (ADE-UNESP) surge em um contexto desafiador: organizar a estudantada contra a ofensiva neoliberal contra a educação – que avança a passos largos – orquestrada pela gestão PSDB no governo de São Paulo em uma Universidade pulverizada, distribuída por 25 cidades em todo o estado.

Nesse período, vivenciamos alguns processos que nos permitiram acumular experiências e lições que proporcionaram amadurecimento político e a convicção na defesa de princípios que encontram sua resolução programática na linha da RECC/FOB. São eles:

Classismo: Compreendemos que o capitalismo organiza a sociedade entre aqueles que detêm meios de produção e vivem da exploração do trabalho alheio: burguesia, e aqueles que precisam vender sua força de trabalho para sobreviver, muitas vezes não podendo sequer fazê-lo, se encontram em situação de extrema marginalidade: classe trabalhadora. Portanto, a contradição burguesia e proletariado é o elemento fundamental da luta por melhores condições de existência, cujos protagonistas são os que tem a necessidade vital da mudança e da justiça. Apenas a classe trabalhadora tem o potencial de transformar a estrutura social. Continuar lendo

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